O tradicional Çairé, que acontece na Vila de Alter do Chão, em Santarém, tem atraído turistas de diversas partes do Brasil, fascinados por sua rica história e simbologia. Entre eles, está o produtor Arnaldo Pantoja, de Castanhal, que, pela primeira vez, decidiu vivenciar essa experiência cultural com sua família.
“Viemos com os ingressos comprados para os shows nos Lagos dos Botos, mas também queríamos conhecer o contexto geral, a história dos santarenos. O Centro Cultural João Fona é o lugar perfeito para isso, desde a cerâmica da etnia Tapajó até os detalhes da festa do Çairé”, afirmou Pantoja. Ele ainda destacou as similaridades culturais entre a festa e outras celebrações religiosas vistas em diferentes partes do Pará, como a Coroa do Divino Espírito Santo.
A festa do Çairé, com mais de três séculos de tradição, é marcada por uma simbologia rica e personagens que representam o contato das sociedades locais com elementos religiosos e culturais. O Arco do Çairé, um dos símbolos centrais da festividade, é adornado com fitas coloridas e flores, envolvido por algodão branco, trazendo um impacto visual significativo aos visitantes.
Rildo Queiroz, servidor da Secretaria Municipal de Cultura e guia do Centro Cultural João Fona, relatou que os turistas ficam maravilhados ao conhecer a história e a simbologia da festa. “Ao adentrar o acervo, eles entram em uma conexão entre o passado e o presente. A festa do Çairé, que tem mais de trezentos anos, desperta fascínio e curiosidade em quem a conhece”, explicou.
O evento reforça a importância de preservar e valorizar as tradições culturais da região amazônica, promovendo um intercâmbio cultural e histórico que ultrapassa fronteiras e gerações.
Para a Folha de Castanhal, o destaque é para o castanhalense Arnaldo Pantoja, que, como tantos outros paraenses, enriquece essa troca cultural e fortalece a conexão entre diferentes regiões do estado através da vivência de suas tradições ancestrais.